A história da música eletrônica sempre foi cercada de movimentos que buscavam subverter a ordem vigente de cada época e criar espaços acolhedores onde as pessoas pudessem se expressar e vivenciar sua liberdade. Nos dias de hoje, esse legado ainda é latente, porém, a diversidade ainda não está no patamar ideal para para que a igualdade se torne rotina em todos os ambientes.
A busca por mais espaço pelas mulheres, pessoas pretas e pessoas LGBTQIA+ é uma constante, e felizmente, existem iniciativas que buscam quebrar esse paradigma e criar novas narrativas, como coletivos e eventos focados em mostrar toda a potência e talento dessa comunidade que, em grande parte, é invisibilizada.
É nesse universo que falamos de Valentina Luz. Ela, que veio de Mandaguaçu, interior do Paraná, tentar carreira de modelo em São Paulo, hoje é uma multiartista: DJ, performer e modelo! Foi durante a infância que ela entendeu sua real sexualidade, e todos os preconceitos sofridos desde então, ainda mais por ser preta e trans, foram transformados em luta contra a transfobia.
Valentina teve seu início performando em festas como Mamba Negra e o caminho para os decks foi acontecendo naturalmente. Atualmente ela continua mostrando sua arte como performer, e agora, DJ residente do coletivo. Além do Mamba Negra, Valentina também foi ganhando notoriedade com suas performances realizadas em festivais renomados como o Dekmantel.
Com uma identidade potente e eclética, Valentina brinca com vertentes que passam pela House Music, Dico, Techno e o que mais o seu feeling permitir. Em pouco tempo de carreira, ela já se apresentou em uma série especial do Boiler Room, o Streaming from Isolation, e tem conquistado cada vez mais os line ups das principais festas de São Paulo, como ODD, Gop Tun, Batekoo; e clubs como Bicuda, em Campinas.
Valentina vem se consolidando cada vez mais como uma voz ativa sobre a representatividade LGBT na cena clubber, se tornando uma grande fonte de referência e inspiração para a comunidade e para todos que buscam se expressar através da arte – ela ensina discotecagem em espaços de acolhimento LGBTQIA+, como a CASA1.
Abaixo você pode conferir um minidocumentário sobre a história da artista, passando pela sua infância até a sua entrada para o universo da música eletrônica.