A batida perfeita da e-music com a Jungle Girl May Seven

O ano de 2017 está terminando e para o ano que vem, a música eletrônica do Norte brasileiro promete consolidar um nome como seu mais legítimo representante. May Seven, a DJ escolhida como uma das 50 melhores profissionais do gênero no País, quer mostrar porque é chamada de “DJ da Amazônia”.

Além de grandes performances, May Seven termina o ano com foco na sua carreira de produtora musical e autora, mas também apostando na veia empreendedora ao investir em um selo próprio de estilo musical eletrônico (Seven Beats Records) e no projeto Mine Sound, com estúdio que está sendo montado em Manaus, capital do Amazonas, seu Estado natal. Esse projeto terá como foco o apoio aos novos talentos amazonenses.

Ela tem fala mansa, meio pausada, porém com ritmo e palavras definidas. Um sorriso quase constante e, quando fala dos seus objetivos, a segurança de quem atingiu a maturidade, sabendo bem o que quer do futuro e das pessoas ao seu redor.

Conversar com May Seven é ouvir com entusiasmo sobre a missão autoconcedida de ser a representante amazônida da música eletrônica na cena nacional e, quem sabe, nas plagas de d’além mar. E para o ano que vem, projetos grandes como o que ela própria definiu como “a maior conferencia de música da região”, o Amazônia Music Conference. O projeto será realizado neste ano de 2018 e já deve ser lançado em fevereiro.

Aos 32 anos de idade, dos quais 10 já dedicados à carreira de DJ, ela diz que 2017 termina de maneira positiva. “Foi um ano positivo porque termino meu primeiro ano em contato direto com a produção musical com uma série de músicas autorais sendo duas lançadas e 3 com datas marcadas para inicio de 2018, uma delas recebeu support de dois grandes nomes da música eletrônica, o Duo americano Sevenn e o também DJ e Produtor LIU. Fechei grandes parcerias e tenho boas propostas a serem avaliadas”, diz a artista amazonense.

Tal otimismo confirma-se pelos feitos conseguidos nos últimos dois anos. Foi quando May Sevem resolveu investir pesado em sua formação técnica como produtora musical. Saiu de Manaus, sua cidade natal, para estudar produção fonográfica no Rio de Janeiro e por hora os ventos do mercado e a busca por conhecimento a levam para São Paulo, pois como ela mesma disse: “é incrível ter acesso ao conhecimento e à formação técnica especializada voltada para o mercado que queremos atuar, a educação possibilita alcançarmos a capacitação que precisamos ter para alçar voos mais altos”.

Neste tempo, estudou produção musical, participou de eventos de peso para ouvir e aprender mais, como por exemplo o Rock in Rio Academy (2015), o curso voltado para executivos de todas as áreas que mostra o Rock in Rio de portas abertas para o negócio, por trás dos palcos, com palestras de quem faz o Rock in Rio, além de representantes dos mais variados segmentos de mercado, do fundador e presidente do festival, Roberto Medina.

Seven também subiu no palco com nomes importantes da música brasileira e em boa parte dos maiores eventos realizados no Amazonas. Foi responsável pela trilha sonora do evento oficial da Vogue, o Vogue Fashion’s Night Out.

Sem contar com inúmeras participações de eventos de diversos gêneros e também eletrônico no Amazonas, citando aí o “Happy Holi”, realizado na Arena da Amazônia, em agosto, considerado o “maior festival de música e cor do Mundo”, na reta final de 2017 fez parte do line-up do Beats Beach Weekend, um dos maiores festivais de música eletrônica e weekend de Natal (RN).

Se 2017 foi bom, para a próxima temporada é bom ficar atento a esse nome. May Seven pensa alto e foca no que quer de maneira planejada e permanente. De se aprofundar na fluência do inglês a concluir um curso de empreendedorismo na área musical, ela segue os caminhos que levam ao objetivo principal, como se falou no início do texto, fixar o seu nome na cena eletrônica. É só esperar para ver, ou melhor, ouvir.

Escrito por: Arnoldo Santos
Jornalista DRT AM 046