Leuzzi foi fundador de clubs como Columbia, Lov.e e Rose Bom Bom; empresário foi vítima de um infarto fulminante
O DJ e empresário Ângelo Leuzzi morreu, aos 64 anos, após um infarto fulminante na noite desta quarta-feira (22). Leuzzi foi fundador de várias casas noturnas, entre elas a Rose Bom Bom, e ganhou notoriedade na noite paulistana nos anos de 1990.
A estilista Flavia Ceccato, que foi casada com o DJ e fundou, junto a ele, o clube Lov.e Club & Lounge, disse em seu perfil no Facebook que agradece ao ex-marido por cada ensinamento que lhe proporcionou e lamentou sua morte. Além da estilista, outros membros da classe artística postaram homenagens a Leuzzi nas redes sociais.
O DJ e idealizador da festa “Foda” Pill Marques definiu Leuzzi como um visionário e afirmou que “a noite de São Paulo é dividida em antes de depois de Ângelo.” Para a jornalista e também DJ Claudia Assef, o sucesso de Marques pode ser explicado pela importância que Leuzzi teve neste universo da vida noturna paulistana.
“O legado do Ângelo é muito importante. Ele é o cara que trouxe muitos conceitos ao Brasil. Quando ele fundou a Rose Bom Bom, por exemplo, trouxe o conceito de danceteria. Ele tinha ido a Nova York, visto isso e trouxe pra cá. Depois, implementou aqui a ideia do ‘afterhours‘”, afirmou Assef à Folha. “Ele foi o cara que ajudou a construir a cultura do ser DJ no Brasil.” Ângelo Leuzzi deixa dois filhos, Lucca e Kali.
Seu último empreendimento foi aberto em 2019, no Jardim Paulista, com a casa Amore Bar e Discoteca, um retorno nostálgico ao passado com a proposta dos clubes de dança paulistanos das décadas de 1980 e 1990.
No Facebook, Flavia postou o recado: “Agradeço por cada ensinamento, por ter sido tão responsável pela mulher que me tornei. Eu sinto muito, muito, muito. Vai em paz Ângelo Leuzzi.”
“O Ângelo foi muito importante na noite paulistana”, destaca Claudia em entrevista por telefone à Veja São Paulo. “Como não podem fazer autópsia por causa da Covid, disseram que é mal subito, mas ele era cardíaco.”
“A minha maior dor é a dor do meu filho, que está sofrendo muito porque queria estar com ele e se despedir dele”, lamenta Claudia. “Mas uma hora antes de ser cremado, dez pessoas da família poderão estar presentes.”
Lucca Salvatore também publicou um depoimento em seu perfil: “Não foi Covid-19. Ele para muitos foi uma pessoa muito importante, assim como foi e sempre será para mim. Estou bem dentro do possível. Assim que passar um pouco do choque eu retomo conversas. Quero que vocês lembrem bem dele, e tudo que ele deixou para nós nesse mundo”, desabafa. “Ele será cremado amanhã para eu poder guardar as cinzas, como um funeral não é possível.”
Ângelo Leuzzi deixa dois filhos, Lucca e Kali.
Fonte: Folha de SP / Veja SP